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1821/2 - uma das poucas áreas leais a D. Pedro I



1821/2 – Porto Alegre pouco antes e à época da Independência do Brasil , como capital de Província do Rio Grande do Sul, era uma das poucas áreas leais a D. Pedro I. As forças portuguesas, que controlavam grande parte do território brasileiro exaltavam-se com a movimentação a favor da Independência do país e procuravam forçar o retorno de D. Pedro a Portugal. Este, porém, sensível aos brasileiros proclama que ficará no país, celebrado nas ruas do Rio de Janeiro e transferido à História como o Dia do Fico : 9 janeiro 1822. Neste dia José Clemente Pereira pronunciou histórico discurso, que em seu início, "a partida de Sua Alteza Real seria o decreto que teria de sancionar a independência do Brasil". Emocionado e conhecedor de que, em breve, novas adesões viriam de São Paulo e Minas Gerais, D .Pedro decidiu : - "Como é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, diga ao povo que fico".


A Divisão Auxiliadora no Rio reage contra D. Pedro: .A Divisão Auxiliadora, comandada pelo Tenente-general Jorge de Avilez Zuzarte, Governador das Armas da Corte e que fora trazida de Portugal para o Brasil, em virtude da Revolução de 1817,em Pernambuco, era o suporte militar do partido português no Rio de Janeiro.

Avilêz, autoritário e prepotente, não se conformava com a atitude do de D Pedro de aproximação com os brasileiros. Ele arrogava-se o papel de guardião representante das Cortes e tutor do Regente. As intervenções e ponderações de Avilez tornaram-se impertinentes, Um dia, querendo D .Pedro adestrar a Artilharia de Milícias mandou buscar os canhões necessários no quartel de Avilêz que negou-se a fornecer as peças de Artilharia invocando a Constituição na recusa.

Os militares e os civis, partidários das Cortes, consideravam ilegal a autoridade de D .Pedro, originária de concessão do rei D. João VI, para a qual, segundo A Constituição não estava capacitado.

D. Pedro comtemporizava entre a tolerância e a reação. Não possuía força militar para enfrentar Avilêz . Restava-lhe dar tempo ao tempo, preparando uma base de apoio na opinião pública dos brasileiros para reagir no momento exato .

D. Pedro decide ficar: Em fins de 1821 era inevitável a marcha do Brasil para a emancipação. As posições políticas radicalizaram - se. Ou Independência ou submissão total a Lisboa .Não existia meio termo!

A autoridade de D. Pedro limitava-se, ao Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Na maior parte das províncias, a idéia era de obediência a Lisboa . D. Pedro chegou até a pedir ao pai o seu retorno para Portugal tal o nível de pressões sobre ele exercidas pelos dois partidos

(...)

O General Avilêz ao conhecer a concentração das forças brasileiras nos quartéis do Campo de Santana (local do atual Palácio Duque de Caxias) ordenou aos que lá se reuniram dispostos a lutar que se recolhessem às suas residências e devolvessem as armas e peças de Artilharia. Em resposta, a disposição de só receberem ordens do Príncipe D. Pedro.

Face a esta resposta dos quartéis do Campo de Santana, Avilêz foi para o Palácio de São Cristóvão para apresentar queixa da desobediência a D. Pedro. Este respondeu-lhe que ele próprio ordenara ao General Oliveira Álvares para reunir nos quartéis do Campo de Santana as unidades brasileiras, a fim de manter a ordem e o sossego público ameaçados pela Divisão Auxiliadora

Confuso Avilêz, deixou o Palácio. E viu, nas ruas, o entusiasmo do povo que acorria ao Campo de Santana. Retornou à presença de D. Pedro . E assegurou-lhe a lealdade da Divisão Auxiliadora. D. Pedro declarou o haver demitido da função de Comandante das Armas da Corte.E, em assim sendo, já não lhe competia importar-se com o movimento das tropas brasileiras subordinadas agora ao General Joaquim Xavier Curado.

No bojo destes acontecimentos nascia de fato o Exército Brasileiro que seria criado de direito pela Organização de 1° de dezembro 1824

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