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As belas se mostram

Atualizado: 19 de fev. de 2023

Então, para começar: eta cidade para ter mulher bonita, tchê. Talvez seja – deve ser – por causa da mistura, da miscinegação. Miscigenação embeleza, e lá teve de tudo, índio, português, italiano, alemão, preto. Muita mulher longilínea, lindilínea, altas, bonitas, gostosas. Mary, que não tem absolutamente nada de homo, ficou impressionada, talvez tanto quanto eu.

Reparei muitas mulheres de vestidão comprido, até o pé. Tem mesmo – mas também tem um bando de mulher de jeans apertados, bunda bonita, e um bando de mulher sem nenhuma vergonha de mostrar belas coxas. Às vezes dá a impressão de que todas tinham passado o verão inteiro na praia, coxas bronzeadinhas.

E elas sabem que são bonitas, e que estão sendo olhadas – e mulher que sabe que está sendo olhada fica ainda mais bonita.

Não se constrangem. Se mostram.

Tive o exemplo perfeito no Shopping da Rua da Praia, que tem uma galeria que liga a Rua da Praia à Riachuelo, mais acima, logo no ponto em que ficava o nosso hotel. Tomamos café da manhã numas mesinhas lá, duas vezes em que perdemos o horário do café no hotel; na segunda vez, numa hora em que a Mary foi comprar não sei o quê, fiquei olhando feito bobo pra garotinha da loja de chocolates em frente, que chamei de Mezzagiorninho, porque é uma espécie assim de Giovanna Mezzogiorno – jeitinho de descendente de italianos, pele claríssima, olhos verdes claros, calça jeans de cintura baixa, blusinha apertadinha acima da cintura, deixando ver a carne jovem da barriga, os ossos da bacia aparecendo dos dois lados. Diante do olhar insistente do velho careca, poderia ter perfeitamente andado pro outro lado da loja dela; que nada – enfrentou. Tirou o celular e veio conversar fiado com alguém bem perto de onde eu estava. Por nada, não – só pra dizer que sabia que estava sendo olhada, a Mezzagiorninho.




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