O passado, quando construído com ousadia e criatividade, leva ao futuro marcas, possibilidades e vitalidade. O Brique da Redenção é assim. Por isso, podemos comemorar com júbilo os seus 40 anos.
Fazendo nele ajustes e correções que os expositores demandam ao poder público outros momentos teremos para vivê-lo com o povo da cidade, com visitantes e turistas, dando aquele colorido especial que só o Brique pode nos dar aos domingos.
O Brique é vida, é chama de cidadania. Ele é produção, comércio, vida a céu aberto como nos velhos reinos da Antiguidade, com as feiras, tudo trazido ao presente, com a área de antiguidades, com o setor de artes plásticas, com o artesanato que exala trabalho e arte de quem o faz.
Além de toda beleza exposta, visível, do negócio em si, tem o ar do encontro, das memórias, das vivências. Impossível dimensionar o Brique em números, pois ele se explica pelo visível e pela memória.
É tradição respeitada há 40 anos e deve continuar. Mas hoje, infelizmente, ele está em risco, baqueando pela falta de políticas públicas de incentivo, ausência de fiscalização, além do desdém com limpeza na região, imperando vendas ilegais e outros ilícitos sem qualquer ação da prefeitura.
Qual a divulgação deste evento pela prefeitura? O que pensa o Governo sobre o Brique? Há um mutismo total. O que resta são alguns servidores devotados à coisa pública que tentam de fazer o possível e o impossível.
Há ausência de gestão, desconhecimento de como as coisas funcionam na realidade. O Brique não pode virar um centro de comércio informal. Hoje virou espaço conturbado para os expositores e para os que o visitam.
Nós propomos que a prefeitura fiscalize, tire o que “não for Brique” dali e entorno, divulgue, construa atividades culturais, realize campanhas educativas. Que a Administração Municipal coíba publicidades privadas, muitas vezes afrontosas ao consumidor e que só atrapalham a Feira.
Que viva o nosso Brique muitos e muitos 40 anos de sucesso e graça.
Viva Porto Alegre para as pessoas.
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