“Jamais sonhariam aqueles casais açorianos que da semente que lançavam ao solo nasceria o esplendor desta cidade.” Estas são as palavras inscritas no monumento do escultor Carlos Tenius a celebrar a chegada a Porto Alegre, em 1752, de 60 casais açorianos ao abrigo do tratado de Madrid, que redefiniu as fronteiras das colônias sul-americanas. A data oficial da fundação da cidade é 1772, coincidindo com a criação da freguesia de Porto dos Casais. No ano seguinte, a localidade converte-se em capital da Capitania com o estabelecimento oficial do governo de José Marcelino de Figueiredo. No século XIX começa a receber imigrantes alemães, italianos, espanhóis, africanos, polacos, judeus e libaneses, uma autêntica Torre de Babel que faz da capital do Estado do Rio Grande do Sul – com cerca de 1,5 milhão de habitantes – uma cidade cosmopolita e multicultural. Outra das reminiscências do século XIX são as revoltas que tiveram lugar na região. Primeiro, contra o Império português, depois, com a Guerra dos Farrapos, ou Revolução Farroupilha, que teve origem no aumento dos impostos sobre o charque – carne salgada – base da economia agropecuária da região. O desacato resultou na proclamação da República de Piratini, ou Rio-grandense, que durou dez anos, acontecimento que ainda hoje é revivido todos os anos, em setembro, com o Acampamento Farroupilha, no Parque da Harmonia (oficialmente Maurício Sirotsky Sobrinho)* Segundo os historiadores, este episódio funda a identidade nacional e grava na história o mito do gaúcho, até hoje lembrado em hino, em nomes de ruas e nos parques da cidade. À figura do gaúcho são atribuídas as qualidades de bravura e espírito guerreiro.
· Em 2022 foi concedido para a iniciativa privada, junto com a Orla Moacyr Scliar, primeira parte, a mais próxima da Usina do Gasômetro.
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