“Dando agora um balanço em todas as passadas que me passaraam pela memória, sinto que nenhum andar eu vi que se assemelhasse – fora da Rua da Praia , no alto da Matriz – ao de Borges de Medeiros, ao perlongar a pé o trajeto do Palácio à moradia, numa postura que era a da própria dignidade, seguido, à distância, de um ordenança apenas. Grave, calmo, a bengala pendurada à frente, tirando o chapéu, com cerimoniosa cortesia, ao tímido anchietano do primário que levava a mão à pala do boné.”
(Nilo Ruschel em Uma rua não tem data, “Rua da Praia”, crônicas1971.)
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