José Mariano de Mattos
1 - RUA GEN. ANDRADE NEVES
Andrade Neves, Rua General Andrade Neves, antiga Rua Nova (1777-1869) é uma das mais antigas de Porto Alegre, numa homenagem ao Barão de Triunfo. Sendo que Barão do Triunfo é nome de uma rua no Bairro Menino Deus.
A Rua Andrade Neves começa na Ladeira, Rua Gen. Câmara, vai até a confluência da Av. Borges de Medeiros e a Rua Senador Salgado Filho.
Nela havia o mais importante clube do Estado, o Clube dos Caçadores, com a melhor cozinha e o mais perfeito serviço: copos de bacará, talheres de prata, Veuve Clicquot custando cinquenta mil-réis; filé com fritas por cinco mil e a cerveja Oriente, três mil-réis. Abria às nove da noite e funcionava até quatro da manhã.
Ali o General Flores da Cunha jogava pôquer, comum na época. Local frequentado por Getúlio Vargas, Osvaldo Aranha, o jovem deputado Carlos Silveira Martins Leão, assassinado em 1926 no fim da linha do bonde no Centro.
Se não o temos mais o Cluve, ganhamos o Odeon. Como diz Roberta Fofonka, no Sul21:
“Inaugurado na sexta-feira de 25 de outubro de 1985 no coração da cidade, o bar Odeon é uma das referências da vida boêmia no centro de Porto Alegre”.
Com as mesmas paredes revestidas de azulejo e madeira desde a inauguração – tais como os quadros que estampam rótulos da cervejaria Brahma, na época já feitos para parecerem “envelhecidos” –, o ambiente do bar se distingue totalmente da realidade pesada da rua. Na verdade, não se trata de ambiente, mas de atmosfera (“…)”. Leia mais:
Hoje, a cerveja ali é a artesanal Barley e não mais a Brama.
Além do orgulho de termos o Odeon, o Clube Espanhol recebe eventos, e ao meio dia, uma clientela bem variada disputa o buffet e as mesas. Recentemente o permissionário do local refez sua pintura e fez uma pequena restauração.
A cidade está a exigir ali eventos à noite, como acontecia no “Salon de las dulcineas”!
Vivemos com uma concentração de barbeiros que só perde para a vizinha Travessa Acylino de Carvalho; num destes locais Paulo Brossard era visto aparar sua vasta cabeleira.
Além do citado almoço do Clube Espanhol, comandado pelo Claimar, o Café Viene oferece do café, passando pelo chopp a qualquer hora, a lanches e almoço no comando do Neoclésio, do outro lado da rua, o Suco Sul, do Vilson Simonetti, dá um jeito de ter quase tudo para comer e beber, além disso termos buffets disputados, botecos de prato feito, sushi e muito mais. Lembro e sinto a falta do Paulo, que nos largou faz pouco, da Relojoaria Paulo Joalheiro. Um dos espaços mais visitados era a sede da Alan Kardec, tiveram que mudar, pois os tempos são bicudos.
Poucos conhecem a passagem para a Rua dos Andradas, pela Galeria Edith, além da Travessa Acylino, já citada, que liga também com a Rua da Praia. Temos um prédio do Ministério Público, os fundos das Americanas, uma Marisa e na esquina com a Borges o prédio do Cine Victória, cinema que resistia, fechou como a maior parte dos cinemas de calçada.
Faz bem para a rua a banca de revistas, o churrasquinho de rua na esquina. Temos ainda o Hotel Lancaster, pois o Lido foi transformado em pequenos Estúdios, um cartório, lotérica, gráfica expressa, várias garagens (estacionamentos) e agora vamos ganhar uma galeria que irá também até a Andradas, com um grande edifício garagem, onde se localizava o Clube de Atiradores, do seu Lulu.
Só que o poder público não se lembrou de reorganizar a rua que está esburacada, com calçadas quebradas exatamente na parte do prédio público, estadual, hoje desocupado, depois da fatídica retirada dos moradores do grupo Lanceiros Negros bem como nos dois locais fechados que estão há anos reivindicando uma reforma.
Um muquifo da turma da Marechal, aberto em passado recente, foi felizmente fechado pela Prefeitura, por falta de alvará, insegurança e tumultos.
É a rua com grande concentração de escritórios de advocacia,além de prédios de escritórios, residenciais e mistos. Não vamos nos esquecer do nosso Badesul, Banrisul, bem como do Tudo Fácil na esquina da Borges de Medeiros. A lástima é este prédio que substituiu o velho e famoso Mata-borrão.
Como diz o Milton Ribeiro no Sul21:
“Os mais jovens nem sabem que existiu, outros esqueceram. Uma das construções que deixavam a Porto Alegre de minha infância mais feliz e bonita era o Mata-borrão que ficava na esquina da Av. Borges de Medeiros com a Rua Andrade Neves. Ele foi construído em 1958 para ser um local destinado a exposições e outro evento acabou servindo como central telefônica enquanto era construído o prédio da CRT do outro lado da rua e, por razões que desconheço, foi demolido no final dos anos 60. Em seu lugar foi construído o edifício perfeitamente comum da ex-Caixa Econômica Estadual (hoje “Tudo Fácil”).” Leia mais – http://miltonribeiro.sul21.com.br/2011/05/12/o-mata-borrao/
Porto Alegre tem o gosto de demonizar para liquidar histórias. Foi o que aconteceu com o Mata-borrão.
Pelo que me passaram conhecedores da nossa História, na Andrade Neves nunca teve alguma árvore plantada, mas havia floreiras que sumiram como elas sumiram também da “Rua da Praia”.
Há um ponto de táxi “sui generis” que tem o seu início na frente do Lancaster como um prolongamento na Ladeira.
2 - RUA CARLOS VON KOSERITZ
A Rua Carlos von Koseritz fica no Bairro Higienópolis. Vai da Benjamin Constant até a 24 de Outubro, no Bairro Higienópolis.
Koseritz era oriundo do antigo ducado de Anhalt (hoje no centro da Alemanha) e chegou a Rio Grande em 1851. Articulou vários jornais em alemão e português, participando de outros que não os seus. Foi deputado provincial (estadual) por três vezes.
Sua filha Carolina von Koseritz foi uma professora, jornalista, escritora e tradutora brasileira, dando nome a uma rua na Zona Norte.
Em 1890 os castilhistas fizeram dura perseguição e ameaças de prisão ao então influente jornalista, escritor e político. Defendia ideias evolucionistas. Foi levado à depressão e à morte súbita.
É assim que agem desde aqueles tempos, e o castilhismo ainda tem seguidores pelo Estado afora.
Tiago Weizenmann, em sua tese “Sou, como sabem...”: Karl von Koseritz e a imprensa em Porto Alegre no século XIX (1864-1890) descreve Koseritz como "um dos personagens mais importantes para a história da imprensa oitocentista do Rio Grande do Sul. Sua atuação, nesse contexto, revela a riqueza de um pensamento singular. Nesta tese, tem-se como propósito analisar e compreender as possibilidades criadas por Koseritz, a partir da atuação em diversos empreendimentos tipográficos de Porto Alegre, entre os anos de 1864 e 1890. O período entre sua chegada à Capital da província e sua morte configurou o momento de maior produção intelectual, enquanto jornais, álbuns ilustrados, folhas literário-científicas e almanaques constituíram os instrumentos fundamentais de divulgação das ideias de Koseritz."
José Fernando Carneiro e Renê Gertz escreveram também sobre ele.
Já Eloy Terra conta um pouco da sua vida difícil no início no Brasil, do desmaio por fome numa rua em Pelotas, o emprego de guarda-livros com um patrício. Com quatro anos aqui, dominava o português, virou editor de livros didáticos, um passo para o jornalismo. Fundou o Jornal de Pelotas.
Depois teve passagem por Rio Grande, com seu curso primário e secundário, com suas lides na imprensa. Sendo um homem de temperamento forte e claro, sem meias palavras.
Polêmico, mas sempre atento ao potencial de negócios entre Brasil e Alemanha, sendo organizador da Exposição Brasileiro-Alemã.
Repetindo, ele foi perseguido, caluniado, tripudiado na mídia, colocada sua honra em dúvida, o que o amargurou. Perseguido, refugiou-se na casa de um amigo, em Pedras Brancas.
Depois da morte, a família passou dificuldades, pois não tinha fortunas acumuladas, mas tinha a honra de ter sido um grande homem, diferentemente de alguns castilhistas que o humilharam.
3 - RUA DR. GUIMARÃES ROSA
Começa na Av.Plínio Brasil Milano – o famoso delegado do DOPS - e termina na Rua Campos Sales, no Bairro Boa Vista
Dentre as mais de 180 ruas com nomes de médicos em Porto Alegre, a Rua Guimarães Rosa faz homenagem a um dos maiores escritores deste país, também médico.
Natural de Cordisburgo, em Minas Gerais.
É uma justíssima homenagem a uma personalidade tão rica quanto ele que além de médico dos sertões, andando em lombo de cavalo, conheceu não só os homens dos rincões perdidas das Gerais, mas sua alma. Pela linguagem quase indecifrável dos personagens de seu grande romance “Grande Sertões Vereda” é que ele desvenda a alma das gentes.
"Lá em cima daquela serra,
passa boi, passa boiada,
passa gente ruim e boa
passa a minha namorada."
(Sagarana)
Lembrando que Guimarães teve seu Grande Sertão Veredas traduzido de forma irretocável para o alemão por outro que viveu por esta cidade, sendo preso como “informante nazista” – Hans Curt Meys Clason.
4 - AVENIDA AUGUSTO MEYER
Todos confundam esta “avenida” com a D. Pedro II, porque, na verdade, ela seria sua continuação. Estamos falando da III Perimetral. Estamos no Bairro Auxiliadora. Nome dado em 1978, 8 anos depois de sua morte.
Ela tem 250 metros apenas, indo desembocar na travessia da Avenida Plinio Brasil Milano, ele denovo, o delegado vanguardisra das investigação locais dali em diante se chamando Carlos Gomes.
O grande poeta, crítico literário, ensaísta e memorialista, introdutor do Modernismo em nossos pagos, poderia ser mais lembrado do que numa avenida que não é bem uma avenida.
Dirigiu a Revista Madrugada e a Biblioteca Pública do Estado.
Na década de 30 foi para o Rio, onde foi diretor do Instituto Nacional do Livro. Foi da Academia Brasileira de Letras.
Nosso Augusto Meyer bem que merecia uma nominação mais visível.
Mas “Porto Alegre é assim”, como diz o jornalista Prévidi.
5 - PARQUE MARCOS RUBIN
Criado pela Lei Municipal 8.625 de 19.10.2000, fazendo constar no marco, que virou um busto, os dizeres: comerciante, abnegado colaborador da cidade.
Lendo o livro do grande jornalista e radialista Walter Galvani, a história deste "abnegado" russo-brasileiro é vista de outra maneira do que viu o proponente do nome, o ex-prefeito e ex-vereador respeitado João Antônio Dib. Ironicamente, neste "marco" (com busto) colocaram uma frase que, lendo Galvani, é de uma ironia total; "As maiores conquistas de um homem são sentimentos que ele consegue transmitir". Dib, o autor, da proposta, em sua Exposição de Motivos contesta a acusação de demolidor por não saber o valor histórico da Casa Branca dos Farrapos.
Estudou no Parobé. De camelô do entono do nosso Mercado monta sua Casa Rubin em Butiá. De volta a Porto Alegre, virou comerciante atacadista e investidor da construção civil.
Comprou dois terrenos na subida da Avenida Protásio Alves, depois da Avenida Antônio de Carvalho, para fazer um grande condomínio em quase 60 hectares, numa parceria com uma grande construtora, local onde havia a antiga Casa Branca, local de encontros dos Farrapos, um patrimônio que ele mandou colocar por terra, como se vê narrado no livro "A difícil convivência - Porto Alegre e os farrapos", da pena de Walter Galvani.
Ainda não havia sido criada a 1a. Secretaria de Meio Ambiente do país, que foi a de Porto Alegre, nem nascera a Agapan, pois certamente não teríamos perdido este magnífico ponto de lembrança de nossa História.
Segundo fonte da Prefeitura –
www2.portoalegre.rs.gov.br/smam/default.php?p_secao=70
o parque fica no Bairro Jardim Carvalho, e a área foi inaugurada em 2001 e é oriunda do Loteamento Parque Bento Gonçalves – aí fica claro a referência aos farrapos e a tal de Casa Branca, onde eles se reuniam. Possui 63.375 m2 de área, com estares, bancos, duas canchas de bocha, dois playgrounds, três quadras esportivas e uma quadra de vôlei. Ou seja, pouco mais de 10% da área original.
No espaço em torno do parque temos atualmente 1928 apartamentos, ou seja, há mais moradores ali do que em muitas cidades do interior do Estado.
A comunidade mobilizada solicitou um cachorrodromo para Prefeitura em novembro de 2017 e nunca tiveram retorno, apesar de todos os cuidados que os donos dos bichos tem mostrado com eles e com o Parque.
Há feiras que acontecem uma vez por mês ou em datas comemorativas A feira conta com aproximadamente 40 expositores e estima-se que cerca de 2000 pessoas passam por lá em cada evento.
: As feiras são organizadas por empresa privada e pela Associação dos moradores em torno do parque, a Asconji.
O Parque é muito apreciado a quem tem acesso a ele, segundo moradores e vizinhos do Parque.
Há na Internet uma fan page - https://www.facebook.com/pages/Parque-Marcos-Rubim
6 - RUA TOMAZ FLORES
Vai da Av. Independência até a Av. Osvaldo Aranha;
Já aparecia como Rua Coronel Flores em 1900. As primeiras pedras irregulares que a calçaram são de 1903.
O tal "Coronel" é filho do Dr. Flores (médico e politico Luiz da Silva Flores), da rua do Centro Histórico. Foi morto na Guerra de Canudos, em 1897.
Seu nome completo Tomaz THOMPSON Flores, é da segunda geração de uma conhecida família, segundo alguns de uma "dinastia", muito ligada ao poder local, com vários políticos e magistrados.
Um grande historiador local cometeu o erro de dizer que em Canudos combateu os "jagunços" de Antônio Conselheiro. Na verdade, a jagunçada foi das forças oficiais das quais Tomaz fazia parte. Esta escorregadela não diminui as grandes contribuições de Sérgio da Costa Franco para este livro e para a história de nossa cidade.
Levanto estas questões para mostrar que a História é bem dinâmica, pois com um nome dos "vencedores" na rua deste Bairro, o Bom Fim sempre foi mais rebelde que conservador. Mais humanista que autoritário. Estão aí alguns de seus filhos para mostrar isso, como Isaac Ainhorn, Moacir Scliar, Flávio Koutzii, Marco Aurélio Garcia.
Nesta Rua Tomaz Flores, 303, morou Oliveira Silveira, o grande poeta negro local, lutador para inserir o 20 de novembro no calendário de lembranças de nosso herói negro Zumbi dos Palmares.
7 - RUA MARIANO DE MATOS
A Rua MARIANO DE MATTOS, nome dado para homenagear José Mariano de Mattos, um carioca que veio em 1831 para o Rio Grande do Sul.
Depois de ser preso em Rio Pardo por sedição, foi deputado e alinhou-se na Revolução Farroupilha a Bento Gonçalves.
Preso mais uma vez em Piratini. Levado preso ao Rio, anistiado, foi reintegrado ao Exército Imperial e foi Ministro da Guerra.
Esta rua começa na José de Alencar e vai até a Moab Caldas.
No seu número 300 encontramos o Colégio Estadual Álvaro Braga.
Fica no bairro Santa Tereza.
Até meados de 80 era de chão batido e parecia mais uma picada.
Asfaltada e ampliada já na gestão do Prefeito Olívio Dutra.
8 - PRAÇA HUMBERTO ANDREATTA
Fica no Bairro Vila Nova.
Na ponta sul há a histórica sede do CTG Inhanduí.
Tem forma de um triângulo, pelas ruas Flávio Antônio Luce e Gervásio da Rosa. Está a uma quadra da Rua Amapá que leva o cidadão ao Parque Gabriel Knijnik.
Andreatta nasceu em 8 de fevereiro de 1950 em Sarandi, interior gaúcho, e morreu em sua casa, em Porto Alegre, no início da tarde do dia 4 de novembro de 2007, aos 57 anos.
Ainda não formado, trabalhou na TV Difusora, precursora da hoje TV Bandeirantes. Após concluir o curso de jornalismo na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em 1975, trabalhou na Zero Hora, na Cia Jornalística Caldas Jr., no Coojornal, no Jornal do Grêmio, no Jornal O Interior, na revista Agricultura & Cooperativismo, na Folha da Manhã, no Coojornal, no Diário do Sul, e foi correspondente das revista Isto É e Afinal e do Jornal do Brasil.
Em 1976, mereceu premiação da Associação Riograndense de Imprensa (ARI) pela matéria “Documento Social: a fuga do agricultor”, no jornal Folha da Manhã. Na década de 1980, voltou ao tema e publicou com Roberto Garcez a reportagem “O Grito do Campo”, no jornal O Interior, vencedora do Prêmio Badesul de Jornalismo de 1985. Publicou o livro “Orçamento Participativo Porto Alegre: você é quem faz uma cidade de verdade” que registrou para a história da Capital o processo de participação popular na administração da cidade. Em 1986 publicou com André Pereira e Carlos Wagner o livro-reportagem "A Guerra dos Bugres - A Saga da Nação Kaingangue", pela Editora Tchê, que reunia uma seleção de matérias divulgadas na Zero Hora sobre os indígenas sobreviventes nas reservas gaúchas.
Humberto Andreatta integrou a diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul. Produziu, ainda, os livros “Santa Soja” e “Ponto de Vista”, de forte conteúdo social, duas belas raridades do foto-jornalismo gaúcho, feitos em conjunto com os fotógrafos Eneida Serrano, Luiz Abreu, Genaro e Jacqueline Joner.
9 - RUA CAPITÃO PEDROSO
Fica no Bairro Restinga.
Começa na Estrada João Antônio da Silveira e termina na Estrada Chácara do Banco.
O capitão Paulo Roberto Pedroso das Neves faleceu em 1998, quando comandava as ações de Resgate e Salvamento da 1ª. CGI, incluindo os Anjos da Guarda.
O pedido de nominação partiu de seus colegas do Corpo de Bombeiros para o Vereador Adeli Sell. Teve uma trajetória meteórica na corporação, tendo recebido a medalha Serviço Policial Miliar, categoria S1. Na sua ficha funcional constam 27 elogios por bravas ações realizadas, entre elas quando do infortúnio da queda da marquise das Lojas Arapuá.
Sempre propositivo, a partir dele foram criadas ações e serviços.
Era casado e tinha três filhos.
Rua Capitão Pedroso foi criada pela Lei Municipal 8.626 de 2000.
10 - RUA PERSEU ABRAMO
Fica no Morro São Caetano, próximo a Apamecor, com entrada pela Rua Dep. Astério de Melo. É uma descida íngreme e sinuosa para uma pequena comunidade.
Moradores desta localidade solicitaram ao vereador Adeli Sell uma nominação. Foi-lhes sugerido o nome do professor, jornalista, homem de rádio, TV, jornal, revistas, escritor, ativista sindical e político Perseu Abramo.
Nascido em 1929, tendo falecido aos 66 anos em plena atividade intelectual e de militância.
Foi do antigo Partido Socialista Brasileiro e incentivador do Movimento pró-PT e fundador do mesmo, troando-se dirigente por vários anos.
A Fundação da sigla leva o seu nome.
Trabalhou nos principais órgãos de imprensa do país, foi professor de várias disciplinas na área do jornalismo e das ciências sociais.
Recebeu vários prêmios, como foi o idealizador da premiação Jornalista Wladimir Herzog, morto pela ditadura militar.
Sempre foi militante do seu Sindicato, tendo sido demitido da Folha de São Paulo por ser um dos articuladores de uma greve de jornalistas.
11 - PRAÇA ARMANDO SIMÕES PIRES
Fica próxima ao Aeroporto Salgado Filho, na frente ao atual Hotel Ibis.
Na placa constam os dizeres: “Pioneiro no ramo imobiliário".
Natural de Dom Pedrito (RS), Armando Simões Pires nasceu em 15 de janeiro de 1922. Começou sua vida profissional em Porto Alegre e teve sua trajetória iniciada ainda jovem, viajando ao Rio de Janeiro para trabalhar na guarda pessoal do então presidente Getúlio Vargas. Em 1949, fundou a A. Simões Pires & Cia Ltda, que detinha o registro de número 1 junto ao Conselho Regional de Corretores.
“Armando Simões foi defensor ferrenho da legalização da profissão de corretor de imóveis. Em 1957, era então presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis do Estado do Rio Grande do Sul (Sindimóveis-RS), quando capitaneou, junto ao Poder Público Federal, lei que arregimentasse a profissão de corretor de imóveis. Conseguiu, após árdua batalha, sancionar a primeira lei reguladora da profissão, em agosto de 1962”, lembra o vereador Adeli Sell, autor da proposição, trazida a ele por familiares e por vários membros do Secovi-Agademi.
Simões Pires foi presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis do RS, na gestão de 1958-1971, e vice-presidente da Federação dos Agentes Autônomos do Comércio do RS (1959-1972). Ainda foi conselheiro de inúmeras entidades, como da Confederação Nacional do Comércio (1959-1980) e do Conselho Regional do Serviço Social do Comércio (1960-1981).
Atuou ainda como vice-presidente do Conselho Federal dos Corretores de Imóveis (1962-1982) e foi fundador da Associação dos Corretores de Imóveis do RS e de SC (1966). Armando Simões Pires ainda fundou a Associação Gaúcha das Empresas do Mercado Imobiliário (Agademi), em 1972, e a Habitação – Associação de Poupança e Empréstimo (1968). Ainda presidiu o Conselho Federal dos Corretores de Imóveis (1970-1972) e a Federação dos Agentes Autônomos do Comércio do RS (1971-1981).
Também presidiu o Conselho Regional dos Corretores de Imóveis da 3ª Região (1978-1982) e fundou e presidiu o Sindicato das Empresas de Compra e Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais do RGS – Secovi-RS (1983-1989). Atuou, na Justiça do Trabalho da 4ª Região, como juiz vogal e juiz classista do Tribunal do Trabalho (1975-1978 e 1982-1985).
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