É certo que no volume II tratarei ao máximo deste tema. Se a nominação feminina é ínfima, imaginem dos negros.
É claro que entre os nomes que cito de mulheres tipo DONA e MULEHRES DO POVO haverá negras. Destas se pode ver que a maior parte das etnias se faz presente.
Verificamos os nomes de Machado de Assis, Paulinho Azurenha, José do Patrocínio em nossas ruas.
José do Patrocínio é uma das ruas mais badaladas da cidade, em especial da Cidade Baixa, mas certamente muitos não sabem quem foi a pessoa.
Machado de Assis muitos sabem quem foi. Mas a rua não é lá tão conhecida assim.
Paulino Azurenha é mais conhecido pela linha de ônibus do que pela rua, mas sua história é desconhecida pela maioria das pessoas.
O Sargento Manoel Raimundo Soares era negro ou pardo se quiserem. Foi morto pela ditadura militar em 1966. É o caso das “Mãos Amarradas”, que rendeu um livro de Rafael Guimaraens.
Luis Gama, rábula, jornalista, abolicionista, Patrono da Abolição, reconhecido como advogado recentemente, mereceria nome de uma rua. Nada encontrei. Há uma Escola com seu nome.
Vou aqui citar uma para marcar a importância deste estudo futuro.
RUA MÚSICO NELSON FERREIRA
Fica no Bairro Coronel Aparício Borges.
Na Rua Adão Araújo ela se junta à Travessa Coronel Rego, passa pela Rua Sargento Euclides Marques de Oliveira, pela Travessa Napoli, em curva se juntando com a Rua Maria Luíza Peres, atrás da Cadeia Pública (Presídio Central).
Segundo a professa Gabriela Prestes a homenagem se deve a este e não ao músico pernambucano:
“Músico Nelson Ferreira é a rua onde moro. Antigamente era conhecida como Linha de Tiro. Com as obras de revitalização da região, obras de esgoto e pavimentação a rua recebeu este nome em homenagem ao primeiro morador. Isso foi em 95/96, a família dele ainda reside no mesmo lugar. Ele foi músico da BM.”
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